terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Videoconferência com estranhos? O Chatroulette arranja


De novo, o portal Chatroulette apenas tem a imagem - toda a lógica de comunicação com estranhos já é quase tão antiga quanto a Internet e não difere muito do que se faz nas salas de chat e em alguns portais sociais.

Tudo começa com uma câmara apontada para o rosto e a entrada no portal.
Quando activa o serviço, o utilizador passa a poder conectar-se com utilizadores disponíveis para conversar "cara-a-cara". Os "encontros" são sempre criados aleatoriamente.
Se não gostar do interlocutor que tem no ecrã, o utilizador pode passar para o seguinte... e se sentir saudades de alguém que conheceu no passado terá de esperar que a sorte o traga de volta ao ecrã numa próxima oportunidade.
Uma reportagem da CNN dá a conhecer os dois "lados" do portal: o mesmo serviço que é utilizado por comediantes amadores para contar piadas também pode ser usado para dar largas aos desejos de voyeurs, exibicionistas, pervertidos, gente "mal resolvida", ou apenas pessoas indesejáveis - pelo menos, para menores e/ou utilizadores mais susceptíveis - e tudo leva a crer que os encontros pouco convencionais não são assim tão raros.
Imbuído do mistério típico dos encontros com desconhecidos, Chatroulette tem vindo a conquistar o seu lugar à sombra das campanhas virais.
Actualmente, conta com uma média de 35 mil pessoas que se conectam de vários pontos do mundo para trocar palavras, imagens, insultos, desejos, argumentos, confissões ou apenas má disposição.
Ao contrário dos portais sociais, Chatroulette não pressupõe a criação de grupos de amigos ou temas e não restringe a entrada a ninguém.
Logo, será a empatia ou os interesses comuns que ditarão o sucesso ou o insucesso de cada sessão de videoconferência. O que dá para tudo - da mesquinhez à infantilidade, da comédia ao romance, da confissão às máscaras (recentemente algumas pessoas começaram a vestir roupas ou a encarnar personagens nas videoconferências).
Só não se espere maravilhas nem milagres. Aos repórteres da CNN, um utilizador que preferiu o anonimato lembra que já teve uma hora de conversa com sentido em videoconferência - mas logo tratou de advertir que se trata de um momento raro no Chatroulette.

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